Um espaço criado para lançar ao mundo a arte produzida na Amazônia e conectar a comunidade local à produção artística contemporânea de relevância global. Essa é a proposta da Galeria de Arte do Instituto Serra da Valéria, que neste sábado (06/12), a partir das 10 horas, abre as portas ao público na sede do Instituto, localizada na Serra da Valéria. A entrada é gratuita e aberta a todos.
A primeira galeria permanente de arte a ser fundada no coração de uma comunidade ribeirinha visa se fixar como lugar de inspiração e revelação de novas narrativas sobre a região, consolidando a aliança entre arte, território e comunidade local. Os trabalhos serão iniciados com a exposição de esculturas “Elo Manifesto”, do artista amazonense Zaviê, e de pinturas da coleção “Cotidiano Ribeirinho”, da artista e médica mineira Liadora, atualmente colaborando como artista voluntária e gestora de projetos do Instituto Serra da Valéria.
Segundo o diretor do Instituto, a iniciativa nasceu da observação de que a região amazônica possui um rico patrimônio cultural ainda pouco visibilizado para o grande público. “Sempre acreditei que a arte precisa existir onde as pessoas vivem, não apenas nos centros urbanos, mas principalmente nas zonas rurais em que o acesso é mais difícil. Assim, criar a primeira galeria em uma zona rural foi uma forma de valorizar os artistas locais, fortalecer a nossa identidade e mostrar que a Amazônia também produz arte contemporânea de alto nível”, afirma Freyzer Andrade, artista natural da Valéria (AM), cuja experiência internacional impulsionou a idealização do Instituto e dos respectivos projetos.
Com a galeria, busca-se oferecer uma experiência autêntica, conectada com a natureza, tradição e inovação, por meio de exposições, vivências e encontros com artistas que dialogam com a Amazônia de forma sensível e contemporânea, como Liadora e Zaviê. Em suas poéticas imersivas, os primeiros expositores da galeria “conversam” com a floresta e retratam pessoas e histórias do cotidiano ribeirinho através de cores, texturas e memórias. “Será um momento de celebração marcado por uma curadoria que une tradição e modernidade, inaugurando esse novo capítulo para a arte na divisa do Amazonas com o Pará”, acrescenta Freyzer, que também é o curador responsável pela exposição.
Para a artista Liadora, a maior contribuição da sua vivência na Amazônia, para além da temática ou estética da produção artística, tem sido a motivação para pintar. “É muito gratificante fazer parte de um movimento que produz a arte para além da arte, como uma ferramenta de diálogo e transformação social, como tem sido esse movimento do Instituto Serra da Valéria. Penso que a arte e a ciência, em toda a sua diversidade, são formas de conhecimento humano produzidas coletivamente. E como bens coletivos por natureza, e também finalidade, devem ser acessíveis e valorizados em todas as suas manifestações”.
Além da criação da Galeria de Arte, o Instituto promove uma série de atividades visando fortalecer a cultura ribeirinha, incentivar os novos talentos nas artes e criar oportunidades educativas para jovens e adultos que queiram participar dos seus cursos e oficinas. “O nosso objetivo é transformar a arte em ferramenta social, aproximando a comunidade de processos criativos que geram autoestima, pertencimento e desenvolvimento cultural”, acrescenta o diretor Freyzer Andrade.
Redação: Marina Magalhães.
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