O projeto Palafita & Arte converge arte, educação e meio ambiente, com o intuito de promover transformação social. Para além de pintar casas de palafita, o projeto busca aproximar a arte do cotidiano ribeirinho, como uma forma de manifestar a valorização da cultura ribeirinha, e promover o bem-estar e o desenvolvimento comunitário. Em 2025, a nova edição do projeto apresenta um caráter educacional voltado para as questões ambientais. Na fachada de cada casa, é representado um animal ameaçado de extinção da fauna brasileira com ocorrência no bioma amazônico. Ao todo, foram cerca de 35 espécies representadas em 38 murais à beira do rio, formando uma verdadeira galeria a céu aberto no interior do Amazonas.
O projeto foi idealizado pelo fundador do Instituto Serra da Valéria, Freyzer, e contou com a colaboração de outros artistas brasileiros – dentre eles Liadora, André Hullk, Hiaguito, Sandel, Caio Cruz e Clarissa Barbosa – voluntários e moradores da comunidade local.
Os artistas participaram de forma voluntária e o trabalho foi desenvolvido de forma colaborativa, com a participação ativa da comunidade. Em especial, há uma importante contribuição das crianças no processo da pintura das casas, o que possibilita trocas e aprendizados mútuos entre elas e os artistas convidados, reforçando nosso compromisso com a educação artística e o fomento ao envolvimento e protagonismo da comunidade nas ações.
Confira as imagens das artes dessa edição do projeto e mais informações sobre os artistas participantes na Galeria deste site.
Sandel é artesão, escultor, desenhista e também atua na produção de roupas. Sempre engajado no ativismo, busca incentivar as crianças da sua comunidade, usando a arte como ferramenta de esperança e inspiração para que sonhem com um futuro melhor.
O jovem artista cresceu na comunidade São José do Laguinho. Desde pequeno, foi inspirado pelas histórias do pai, avô e tios, que sempre contavam suas vivências, pescas, caçadas e “visagens”. Essas memórias se tornaram base para suas criações, onde ele representa como imagina cada história.
Ao longo dos anos, Sandel se aprofundou nos saberes do xamanismo e na cosmovisão indígena, honrando suas raízes afro-indígenas. Em suas experiências espirituais, acredita que o espírito nunca morre, apenas muda de forma: hoje humano, amanhã uma árvore, um animal, ou outro ser. Tudo está conectado a algo maior.
Por isso, em suas obras, é comum ver animais cobertos de musgos, simbolizando a simbiose da vida. Os adereços indígenas representam o espírito de quem já foi humano, reforçando que nada apaga o que fomos ontem, o que somos hoje e o que seremos amanhã. A essência continua, mesmo em outros corpos.
Artista visual nascida em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do RJ.
Pintora e fotógrafa, utiliza as múltiplas linguagens pra difundir sua arte.
Quando criança desenhava de forma autodidata e foi assim também seu início na pintura. Na juventude participou da ONG Spectaculu como aluna de figurino, hoje é estudante de Artes Plásticas na UFES, onde segue ampliando sua visão estética e social.
Desde sempre foi sensível às causas animais, e esse foi um dos motivos que a trouxeram pro Projeto Palafita&Arte .
Sua produção artística dialoga com temas sensíveis de autorreflexão e é no detalhe, na textura e nas cores que ela comunica e emociona.
Renan Oliveira, Artista Visual e Arte-Educador em formação pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Natural de Parintins, Amazonas, traz em seu trabalho a essência da vivência interiorana, traduzida em traços marcantes e narrativas visuais que dialogam entre o manual e o digital.
Atuante no campo das artes visuais desde 2022, integra o Estúdio Buriti desde 2023, onde desenvolve ilustrações que exploram identidade, memória e a riqueza cultural amazônica. Sua produção busca não apenas a técnica, mas a expressão autêntica, um registro artístico que evidencia tanto o traço singular quanto as raízes que o inspiram.
Meu nome é Talia Lorena, tenho 22 anos, sou natural do interior de Parintins (AM), integrante do Estúdio Buriti e atualmente graduanda em Artes Visuais pelo ICZES (UFAM). Minha poética artística gira em torno do mítico, explorando conexões simbólicas e estéticas entre a cultura tradicional de Parintins e elementos da cultura japonesa. Através das minhas vivências, busco criar diálogos visuais que entrelaçam diferentes cosmovisões, revelando pontos de encontro entre o imaginário amazônico e oriental.
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